sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Nosso Adeus para Cleberson

Quando eu me for, que não me transforme em uma lágrima em teu rosto; mas na lembrança de um sorriso, em teu coração.
Se me amas, não me deixes ser a saudade que faz sofrer, e sim aquela que traz a sensação de companhia.
Acima de tudo, não te desesperes. Pois, se é certo que a morte não existe, o teu desespero ecoará em mim onde eu estiver. Não penses em mim como alguém que se foi. Pensa, antes, que por algum tempo pude estar a teu lado e envolver-te com minha amizade. Pensa que sempre estarei presente. Haverá um pouco de mim
na brisa que te acaricie, no sol que te aquece, em todo aquele que vieres a conhecer. Poupa-nos a inutilidade dos afagos póstumos. Pois só poderás acariciar um corpo vazio; apenas a sensação da tua amizade será capaz de afagar-me a alma. Não deverás buscar o meu túmulo. Pois ali não estarei, e não me poderás encontrar. É na tua lembrança e no teu coração que me encontrarás, sempre que de mim necessitares. Conserva-me vivo. Porque jamais morrerei em ti, a menos que o desejes. Assim como a rosa não morre, enquanto a roseira produzir um novo botão. Não exaltes as minhas qualidades, nem diminuas os meus defeitos. Seria como se criasses uma imagem, para justificar o teu amor; como se te envergonhasses, por me amar como fui. Guarda-me contigo. Em tudo que te possa ter ensinado, ou que contigo possa ter aprendido. Nos sorrisos e lágrimas que repartimos, nas alegrias e tristezas que nos tenhamos provocado. Assim, verás que nas menores coisas estarei presente. E, como toda a vastidão do Universo é insuficiente para separar aqueles que se amam, dia virá em que de novo estarei a teu lado.Então, descobrirás que jamais te deixei.

Uma simples homenagem ao nosso aluno Cleberson, um amigo que nos deixou cedo demais.

Saudades da família Rondon.

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